A Suiça brasileira.
Campos do Jordão-SP é uma cidade perfeita para um passeio de final de semana. Além do clima muito agradável, tem muitas opções de passeios e as opções de gastronomia são tantas, que será preciso voltar mais vezes para apenas a começas a experimentar. Chegar é muito fácil: a partir de Campinas-SP, pegar as rodovias D. Pedro I, depois Carvalho Pinto e SP-123 subindo a serra.
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Campos do Jordão-SP |
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Portal de Campos do Jordão. |
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A melhor época do ano para se visitar a cidade é no inverno, onde o frio acentua a atmosfera européia da cidade.
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As folhas de plátano estão por toda a cidade. |
Baden-Baden.
Uma das primeiras informações interessantes para quem gosta de cerveja é que Campos é a sede da cervejaria Baden Baden, cervejaria artesenal criada em 1999 e que agora é controlada pelo grupo Schincariol. O barzinho famoso fica no centro e a fábrica fica mais afastada da cidade, na vila Sta. Cruz, Av. Matheus Costa Pinto, 1653. Lá é possível agendar o "Baden tour", um pequeno passeio pela fábrica artesanal, com uma introdução aos tipos de cerveja, os ingredientes, processo, etc. Custa $15 por pessoa e reservas podem ser feitas pelo tel. (12) 3664-2004.
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Ainda como chopp, as atendentes tiram o Cristal (esq.) e o Bock. |
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A cerveja Baden Baden Cristal. |
No início dos anos 2000, a Baden introduziu no Brasil o conceito da cerveja gourmet, cervejas de sabor especial, diferentes das pilsen leves, praticamente únicas opções vendidas na época. Hoje produz vários tipos de cerveja, sendo as mais comuns a Cristal, a Red Ale, a Bock, a Stout e a Golden, essa com sabor acentuado de canela.
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A cerveja especial Trippel. |
A cerveja Baden Baden Trippel, de cor bastante dourada, sabor adocicado devido à quantidade de malte e altíssimo teor de álcool para uma cerveja, cerca de 14%. Em tempo: se você beber, ceda o lugar a outro(a) motorista...
O "tour" pela fábrica termina na loja da Baden, onde se pode levar algumas lembranças: camisetas, copos e as cervejas.
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Avenida entre Abernéssia e Capivari. |
Pico do Itapeva.
Ainda de manhã, seguimos a entrada que leva ao pico do Itapeva, que fica no município de Pindamonhangaba-SP. A estrada é acessível pelo centro de Campos e é toda asfaltada até o topo do pico, a 2030m de altura. De lá será possível ver muitas cidades da região, como Caçapava, Lorena, Taubaté, entre outras. Disseram-nos que até a cúpula da Catedral de Aparecida seria possível avistar, se o céu estiver bem limpo, mas não foi o caso: quando chegamos, já havia algumas nuvens se acumulando..
... bem abaixo de nós.
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Nuvens chegando ao pico do Itapeva. |
Sim, o lugar é muito alto mesmo, não é truque de câmera.
Uma dica, principalmente em alta temporada, é parar o carro num mirante que existe um pouco antes do pico mais alto e subir a pé o restante.
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Ao centro: há um estacionamento um pouco "mais baixo" para parar o carro... |
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...se quiser curtir o resto do morro à pé. |
Frio lá em cima? Não se preocupe, que o comércio já está lá: roupas e acessórios de inverno, alimentação, refrigerantes e, ops, banheiros também.
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Comércio no topo do morro. |
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Panorâmica de cima do morro. |
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Parada gastronômica.
Depois de muita contemplação no morro, voltamos ao centro de Campos para uma parada gastronômica, pois as vozes do estômago já podiam ser ouvidas.
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Hotel, no caminho voltando do Itapeva. |
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Fraulein.
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Escolhemos o Fraulein, um pequeno restaurante alemão na rua Isola Orsi, 33 (www.frauleinbierhaus.com.br), onde havia diversos pratos típicos, inclusive o
Vierwürstchen mit Kartoffelsalat (quatro tipos de salsichões, com salada de batatas e mostarda).A carta de cervejas é primorosa, com muitas opções, incluindo a mãe das Pilsen, a tcheca Pilsner Urquell.
Depois do almoço, uma volta no bairro Capivari, no centro.
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Bairro Capivari. |
A tarde caindo, assim como a temperatura, foi o convite ideal para um chocolate quente Montanhês, antes de voltar para a pousada.
Há muitas opções de hotelaria em Campos, perto do centro, afastadas e nas montanhas, em cidades próximas, simples, sofiticadas, etc. Nós recomendamos a pousada Jardon (http://www.pousadajardon.com.br/), que fica perto do bairro Capivari, o centrinho da cidade. A pousada é pequena, aconchegante, os quarto são todos acarpetados, com janelas duplas e aquecedores que deixam o frio do lado de fora. Acredite, isso é importante aqui no inverno!
Pico do Imbiri.
No outro dia saímos de manhã rumo ao pico do Elefante, bem perto da cidade (onde fica o teleférico). Mas algo aconteceu no meio do caminho (ou algo não aconteceu, já que perdemos o rumo) e fomos parar numa estrada de terra com um pouco de mata fechada e continuamos subindo. Andamos mais ou menos uns 4Km quando avistamos uma placa: Gruta dos Crioulous à esquerda e Pico do Imbiri à direita. Seguimos em direção ao pico do Imbiri e chegamos no topo do morro a mais de 1800m de altura.
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| Chegada ao pico do Imbiri, a 1862m de altura. |
No caminho tinha algumas rampas íngremes de terra e com algum barro de vez em quando, mas nada que um carro normal com um pouco de embalo consiga subir. Se tiver um 4x4 aproveite a diversão, é só tomar cuidado com algumas valas que se formam durante as chuvas para não deixa o pneu entrar. Lá em cima há um pequeno platô, com alguns bancos e uma boa plataforma de madeira para se tirar fotos. Fique de olho do meio da plataforma para frente, pois o corrimão está solto.
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Pico do Imbiri, pedra do Baú ao fundo. |
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Pico do Imbiri, vista da cidade. |
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Plataforma de madeira no pico do Imbiri. |
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Panorâmica do pico do Imbiri.
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O Elefante.
Depos do turismo acidental (e ótimo!) de carro ao Imbiri, retornamos pela estrada de terra, pensando em encontrar o local onde erramos o caminho para voltarmos ao morro do Elefante. Uma placa escondida e encontramos o defeito: uma curva foi negligenciada bem no início. Trajeto corrigido, chegamos ao Elefante.
É bem próximo da cidade e o acesso é feito tanto de carro, como pelo teleférico que parte do centrinho da cidade. Acredito que o mais emocionante teria sido ir pelo teleférico, mas com aquele vento fomos de carro.
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Teleférico no Morro do Elefante. |
Lá chegando encontramos muitos turistas indo e vindo pelo teleférico, um restaurante no topo do morro, uma vista da cidade bem detalhada (esse morro é o mais próximo da centro). Ah, também encontramos algums peruanos flautistas. Reza a lenda que são onipresentes.
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Peruanos flautistas. |
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Vila de Capivari vista pelo Morro do Elfante. |
Depois das visitas aos morros incidental e proposital, hora de um bom filé argentino no restaurante Libertango (www.libertango.com.br/), av. José Manoel Gonçalves, 160. O bom atendimento é um caso à parte, vale a pena. Se preferir massas, há uma opção bem em frente.
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Libertango. |
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Tira Americana (1/2) no Restaurante Libertango. |
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Caminho de volta (SP-123). |
Todos os lugares que visitamos são de fácil acesso e com placas indicando. Leve um GPS se quiser, mas não é primordial.
É bem fácil gostar de Campos, tem todos os elementos de um bom passeio e, melhor, tudo no mesmo lugar.