Powered By Blogger

domingo, 27 de maio de 2012

Campos

A Suiça brasileira.

Campos do Jordão-SP é uma cidade perfeita para um passeio de final de semana. Além do clima muito agradável, tem muitas opções de passeios e as opções de gastronomia são tantas, que será preciso voltar mais vezes para apenas a começas a experimentar. Chegar é muito fácil: a partir de Campinas-SP, pegar as rodovias D. Pedro I, depois Carvalho Pinto e SP-123 subindo a serra.

Campos do Jordão-SP

Portal de Campos do Jordão.
 A melhor época do ano para se visitar a cidade é no inverno, onde o frio acentua a atmosfera européia da  cidade.

As folhas de plátano estão por toda a cidade.

Baden-Baden.
Uma das primeiras informações interessantes para quem gosta de cerveja é que Campos é a sede da cervejaria Baden Baden, cervejaria artesenal criada em 1999 e que agora é controlada pelo grupo Schincariol. O barzinho famoso fica no centro e a fábrica fica mais afastada da cidade, na vila Sta. Cruz, Av. Matheus Costa Pinto, 1653. Lá é possível agendar o "Baden tour", um pequeno passeio pela fábrica artesanal, com uma introdução aos tipos de cerveja, os ingredientes, processo, etc. Custa $15 por pessoa e reservas podem ser feitas pelo tel. (12) 3664-2004.

Ainda como chopp, as atendentes tiram o Cristal (esq.) e o Bock.

A cerveja Baden Baden Cristal.
 No início dos anos 2000, a Baden introduziu no Brasil o conceito da cerveja gourmet, cervejas de sabor especial, diferentes das pilsen leves, praticamente únicas opções vendidas na época. Hoje produz vários tipos de cerveja, sendo as mais comuns a Cristal, a Red Ale, a Bock, a Stout e a Golden, essa com sabor acentuado de canela.

A cerveja especial Trippel.
 A cerveja Baden Baden Trippel, de cor bastante dourada, sabor adocicado devido à quantidade de malte e altíssimo teor de álcool para uma cerveja, cerca de 14%. Em tempo: se você beber, ceda o lugar a outro(a)  motorista...
O "tour" pela fábrica termina na loja da Baden, onde se pode levar algumas lembranças: camisetas, copos e as cervejas.


Avenida entre Abernéssia e Capivari.

Pico do Itapeva.
Ainda de manhã, seguimos a entrada que leva ao pico do Itapeva, que fica no município de Pindamonhangaba-SP. A estrada é acessível pelo centro de Campos e é toda asfaltada até o topo do pico, a 2030m de altura. De lá será possível ver muitas cidades da região, como Caçapava, Lorena, Taubaté, entre outras. Disseram-nos que até a cúpula da Catedral de Aparecida seria possível avistar, se o céu estiver bem limpo, mas não foi o caso: quando chegamos, já havia algumas nuvens se acumulando..

... bem abaixo de nós.
Nuvens chegando ao pico do Itapeva.
Sim, o lugar é muito alto mesmo, não é truque de câmera.

Uma dica, principalmente em alta temporada, é parar o carro num mirante que existe um pouco antes do pico mais alto e subir a pé o restante.
Ao centro: há um estacionamento um pouco "mais baixo" para parar o carro...
...se quiser curtir o resto do morro à pé.
Frio lá em cima? Não se preocupe, que o comércio já está lá: roupas e acessórios de inverno, alimentação, refrigerantes e, ops, banheiros também.

Comércio no topo do morro.

Panorâmica de cima do morro.










Parada gastronômica.

Depois de muita contemplação no morro, voltamos ao centro de Campos para uma parada gastronômica, pois as vozes do estômago já podiam ser ouvidas.

Hotel, no caminho voltando do Itapeva.


Fraulein.
Escolhemos o Fraulein, um pequeno restaurante alemão na rua Isola Orsi, 33 (www.frauleinbierhaus.com.br), onde havia diversos pratos típicos, inclusive o Vierwürstchen mit Kartoffelsalat  (quatro tipos de salsichões, com salada de batatas e mostarda).A carta de cervejas é primorosa, com muitas opções, incluindo a mãe das Pilsen, a tcheca Pilsner Urquell.
Depois do almoço, uma volta no bairro Capivari, no centro.

Bairro Capivari.

A tarde caindo, assim como a temperatura, foi o convite ideal para um chocolate quente Montanhês, antes de voltar para a pousada.
Há muitas opções de hotelaria em Campos, perto do centro, afastadas e nas montanhas, em cidades próximas, simples, sofiticadas, etc. Nós recomendamos a pousada Jardon (http://www.pousadajardon.com.br/), que fica perto do bairro Capivari, o centrinho da cidade. A pousada é pequena, aconchegante, os quarto são todos acarpetados, com janelas duplas e aquecedores que deixam o frio do lado de fora. Acredite, isso é importante aqui no inverno!

Pico do Imbiri.
No outro dia saímos de manhã rumo ao pico do Elefante, bem perto da cidade (onde fica o teleférico). Mas algo aconteceu no meio do caminho (ou algo não aconteceu, já que perdemos o rumo) e fomos parar numa estrada de terra com um pouco de mata fechada e continuamos subindo. Andamos mais ou menos uns 4Km quando avistamos uma placa: Gruta dos Crioulous à esquerda e Pico do Imbiri à direita. Seguimos em direção ao pico do Imbiri e chegamos no topo do morro a mais de 1800m de altura.






Chegada ao pico do Imbiri, a 1862m de altura.
No caminho tinha algumas rampas íngremes de terra e com algum barro de vez em quando, mas nada que um carro normal com um pouco de embalo consiga subir. Se tiver um 4x4 aproveite a diversão, é só tomar cuidado com algumas valas que se formam durante as chuvas para não deixa o pneu entrar.  Lá em cima há um pequeno platô, com alguns bancos e uma boa plataforma de madeira para se tirar fotos. Fique de olho do meio da plataforma para frente, pois o corrimão está solto.

Pico do Imbiri, pedra do Baú ao fundo.

Pico do Imbiri, vista da cidade.

Plataforma de madeira no pico do Imbiri.



Panorâmica do pico do Imbiri.
 
O Elefante.
Depos do turismo acidental (e ótimo!) de carro ao Imbiri, retornamos pela estrada de terra, pensando em encontrar o local onde erramos o caminho para voltarmos ao morro do Elefante. Uma placa escondida e encontramos o defeito: uma curva foi negligenciada bem no início. Trajeto corrigido, chegamos ao Elefante.
É bem próximo da cidade e o acesso é feito tanto de carro, como pelo teleférico que parte do centrinho da cidade. Acredito que o mais emocionante teria sido ir pelo teleférico, mas com aquele vento fomos de carro.


Teleférico no Morro do Elefante.

Lá chegando encontramos muitos turistas indo e vindo pelo teleférico, um restaurante no topo do morro, uma vista da cidade bem detalhada (esse morro é o mais próximo da centro). Ah, também encontramos algums peruanos flautistas. Reza a lenda que são onipresentes.

Peruanos flautistas.

Vila de Capivari vista pelo Morro do Elfante.
Depois das visitas aos morros incidental e proposital, hora de um bom filé argentino no restaurante Libertango (www.libertango.com.br/), av. José Manoel Gonçalves, 160. O bom atendimento é um caso à parte, vale a pena. Se preferir massas, há uma opção bem em frente.

Libertango.

Tira Americana (1/2) no Restaurante Libertango.

Caminho de volta (SP-123).

Todos os lugares que visitamos são de fácil acesso e com placas indicando. Leve um GPS se quiser, mas não é primordial.
É bem fácil gostar de Campos, tem todos os elementos de um bom passeio e, melhor, tudo no mesmo lugar.